[Sugestão: Leia ouvindo Wind of Change]
Já é muito difícil assumir riscos quando se sabe o que se tem a ganhar. Imagine-se então correndo riscos por um caminho que não se faz ideia de onde leva. É como correr pelo escuro absoluto, é como se preparar pra pular de um avião sem saber se o paraquedas vai abrir, é como contemplar estrelas se perguntando se elas ainda existem ou se já foram extintas e apenas refletimos sob seu legado: uma luz efêmera, fadada...
E, se o risco envolve duas pessoas, é de bom coração que elas se avisem deles. Assim, se necessário, pára-se de correr no escuro e se deita... Não se pula em queda livre sem medo, acorda-se. Difícil só mesmo é deixar de contemplar a beleza na luz de estrelas que ainda parecem brilhar, mas ao menos se habitua em tempo a inevitabilidade do silencioso fim.
Não aprendi a sentir as coisas pela metade, por isso o risco para mim ainda é sempre muito alto.